A tradição do Bolinhol

Recorrendo à lógica das idades e do tempo, é possível estimar que terá sido no ano de 1880 o ponto de partida desta especialidade, dado que em 1884, a mesma já esteve presente na Exposição Industrial Concelhia de Guimarães. No entanto, à luz do que se sabe hoje (fruto da nossa constante pesquisa), sabe-se que os Pais de D. Joaquina Pedrosa Ferreira da Silva, Joaquim Ribeiro Ferreira e Henriqueta Pedrosa respectivamente, doaram em 1914 um prédio na actual Avenida Abade Tagilde em Vizela (antiga Avenida Miguel Bombarda, nº 31660), que para além do imóvel incluía compras e utensílios de doceria como é descrito na escritura.

Dessa forma, é crível que D. Joaquina Pedrosa Ferreira da Silva tenha herdado de sua família o saber e até os princípios desta iguaria, tendo sido garantidamente D. Joaquina que terá dado os passos decisivos na criação e comercialização de um original Pão-de-ló que designou por “Pão-de-Ló Coberto de Vizella”.

Esta certeza encontra comprovativo nos passos decisivos dados entre 1900 e 1920 por D. Joaquina Pedrosa Ferreira da Silva (Doceira de profissão), onde para além de herdar o negócio dos Pais (onde terão sido fabricados os primeiros doces), transaccionou uma série de propriedades, onde se inclui a compra de um imóvel na Rua Dr. Abílio Torres (no actual nº 738) onde funcionou a primeira loja de venda ao público, tendo também contraído um empréstimo para equipar a nova unidade de produção na Rua Dr. Abílio Torres (edifício onde actualmente está a Pão-de-ló Delícia).

A sua alta qualidade e sabor único, era apreciada por refinados consumidores que ao provarem exclamavam: “Que Delícia!”. Desta natural exclamação, surgiu o nome de baptismo da casa fundada para a comercialização: A “Casa do Pão-de-Ló Coberto de Vizella – Delícia”, dando início a uma história que se divide em vários capítulos, que duram até hoje.

O Registo do Modelo de Fábrica – Formato Rectangular

O pedido deste importante registo, que é também uma importante característica única do nosso Bolinhol, foi apresentado em 10 de Agosto de 1921 e despachado com aprovação em 30 de Setembro de 1922, com o Nº 757.